Associação dos Municípios realizou assembleia extraordinária nesta segunda-feira, em parceria com o Cisvale, em modo híbrido; intenção é fazer força com entidades estaduais na luta por recursos para atendimento às populações atingidas pelas enchentes
Santa Cruz do Sul – A Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) realizou na manhã desta segunda-feira, 3, uma assembleia extraordinária conjunta com o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale). O encontro, realizado de maneira híbrida, deliberou sobre ações e medidas viáveis à região, para a reconstrução e atendimento às vítimas das enchentes. A meta é aderir a movimentos estaduais que buscam repasses extras de valores para as 413 cidades gaúchas afetadas pelas enchentes, assim como viabilizar re-escalonamentos de financiamentos de custeio de safra, que em alguns municípios alcançam 40% de perdas na produção.
De acordo com o presidente da Amvarp, Carlos Bohn, ainda não é possível quantificar os prejuízos causados pela enchente às comunidades atingidas na região. “Estamos falando de prejuízos imensos, na área da agricultura com perda de lavouras, máquinas. Nas áreas urbanas, o comércio e a indústria de nossos municípios foram muito afetados, assim como pontes, estradas e acessos. Precisamos avançar com iniciativas coletivas, nas quais a Amvarp tenha condições de atuar de forma direta”, frisa.
Entre os prejuízos na lavoura, o município de Encruzilhada do Sul apresentou dados das perdas na lavoura de soja. Conforme o prefeito Benito Paschoal, cerca de 40% do plantio da soja foi perdido no município. “Há um movimento, junto à Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), para que se negocie dívidas de custeio e de investimento no meio rural. É importante que a entidade possa se manifestar nesta mobilização para que tenhamos mais força neste pleito”, destaca o prefeito.
Para o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, é necessário que se tenha acesso a uma cota extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), encaminhado pelo governo federal para o custeio dos atendimentos nos municípios. “É essencial que tenhamos um repasse extra ainda no mês de junho, daqui mais dois ou três meses, outra. Temos que ampliar a receita com captação de recursos via FPM”, diz, acompanhando do prefeito de Pantano Grande, Mano Paganotto. “O FPM precisa ter repasses extras neste momento mais do que nunca, quase como se fosse um 13º salário aos municípios”, reforça.
A prefeita de Sinimbu Sandra Backes destacou a necessidade de um movimento regional que dê mais celeridade aos repasses de recursos para os municípios. “Aqui (na prefeitura) estamos na ponta, e atendendo a comunidade que espera os valores prometidos pelos governos estadual e federal. Para retomar nossas atividades, precisamos fazer um movimento coletivo”, ressalta.
O grupo de prefeitos decidiu que serão realizadas ações conjuntas com a Farsul e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), que vão na direção das necessidades apontadas na assembleia. “Especialmente para os municípios menores, o repasse do FPM é muito importante, assim como a prorrogação de financiamentos de investimento e custeio na safra. Nossos municípios precisam dessas ações”, destaca o presidente Carlos Bohn.
Duplicação da ponte em Mariante
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